Segundo
o jornal italiano 'Il Tiempo', fontes de inteligência confirmaram que o sumo
pontífice é um potencial alvo de atentado dos extremistas islâmicos
O
papa Francisco está na mira do grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI),
reporta nesta segunda-feira o jornal Il Tempo, citando fontes do serviço secreto italiano.
Segundo o jornal, o papa é apontado pelos jihadistas como “portador de falsas verdades” e pode ser vítima de um atentado. Até
o momento, o Vaticano não se pronunciou sobre esta possível ameaça ao sumo
pontífice. "O grupo fundamentalista
Estado Islâmico, liderado por Abu Bakr Al-Baghdadi, tenta elevar o nível do
confronto golpeando a Europa e a Itália", relata o jornal Il Tempo. O texto também afirma que fontes israelenses
acreditam que o papa seja um potencial alvo dos jihadistas sunitas.
“A Itália é um trampolim para os radicais islâmicos”, afirma Mario
Mori, diretor do Serviço de Informações Civis, um órgão de inteligência do
governo italiano. Mori crê que os jovens aliciados pelo EI formam a “base para a distribuição de jihadistas no
Ocidente". Pelo menos 50 jovens italianos foram para a Síria e o
Iraque se juntar aos jihadistas sunitas do EI. A Itália, assim como outros
países europeus, consideram esses jovens como um enorme risco, pois, como eles
têm passaporte legal de um membro da União Européia, eles passam pelos
controles alfandegários nos aeroportos com muita facilidade. Uma vez em
território europeu, os jovens poderiam formar células terroristas e planejar
atentados dentro de países ocidentais.
Desde que
Francisco assumiu o comando da Igreja Católica, em março de 2013, o Vaticano
tem ampliado as medidas para prevenir o terrorismo. A segurança da santa Sé
recrutou vários especialistas em inteligência e trabalha em colaboração com os
serviços secretos de vários países, relata o jornal.
Perigo na Europa – Ghaffar Hussain,
diretor-gerente da Quilliam Foundation, organização britânica que atua
contra o extremismo religioso, disse que é "quase
inevitável" que os jihadistas europeus atuando na Síria e no
Iraque voltem para planejar ataques terroristas na Europa. "É preocupante que as pessoas nascidas
e criadas na Grã-Bretanha, que foram para a mesma escola que nós, podem ter
sido doutrinadas a ponto de justificarem o estupro de mulheres e
decapitações", disse à agência de notícias Reuters.
Quatro muçulmanos
britânicos – dois dos quais tinham passado um período em campos de treinamento
da Al Qaeda no Paquistão – mataram 52 pessoas em ataques suicidas no metrô e em
um ônibus de Londres, em julho de 2005.
Em sua estratégia de expansão, o EI usa como arma de propaganda a
barbárie, por meio de decaptações, crucificações e
execuções sumárias. Com isso, aterroriza os
inimigos, garante a obediência das populações das cidades conquistadas e
atrai desajustados do mundo todo. No final de junho, o EI proclamou um
califado em parte do território do Iraque e da Síria sob seu controle. Em suas
fileiras lutam cerca de 12.000 combatentes estrangeiros, apontam especialistas.
A maioria dos jihadistas estrangeiros que foram para a Síria e Iraque nestes
três anos e meio de conflito são oriundos, principalmente, da Tunísia, Arábia
Saudita e Marrocos, mas também de países ocidentais como Grã-Bretanha,
Austrália, Itália e França e outros.
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